Máxima

"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto" . (Albert Einstein)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

As ruínas romanas de Vila Cardílio

A descoberta das ruínas romanas de Vila Cardílio foi, pessoalmente, motivo de grande estupefacção. E porquê? Porque, apesar de estarem bem próximos da minha área geográfica, nunca as tinha visitado e, ao deparar com uma estrada preparada que nos leva da chamada "via rápida" até à entrada principal do monumento e do cuidado extremo que a Câmara Municipal de Torres Novas colocou na preservação do espaço, foram motivos de alegria. Por defeito profissional, tenho tendência a hiper-valorizar toda e qualquer pedrinha do solo trabalhada com alguma função.


Antes de embrenharmos pela Vila Cardílio três breves notas: parabéns aos acessos rodoviários, mas achamos necessitar de uma protecção superior, a toda a largura, por causa da erosão que o clima naturalmente provoca e, por outro lado, não sabemos até que ponto não serão necessárias novas escavações ou se o trabalho foi dado efectivamente como concluído.

Do panfleto editado pelos Serviços Culturais da Câmara Municipal de Torres Novas, há a destacar a sua simplicidade, bom gosto e informação concisa mas essencial. Nele sabemos que em 1963 se procedeu à escavação liderada pelo famoso Afonso do Paço. É um local onde os mosaicos pululam um pouco por todo o lado, dando uma vivacidade interessante ao local.


Concentremo-nos, para já, nos mosaicos encontramos as espirais rodadas, que muitos consideram como crenças pagãs ligadas ao facto de afastarem os espíritos malignos, tratando-se de uma espécie de amuletos. Encontramos ainda as suásticas, que derivam, naturalmente, da chamada roda solar, por quebra da circunferência do círculo. Vislumbram-se também tricéfalos, como símbolo do poder celestial. Convém denotar que alguns materiais recolhidos do interior desta villae romana encontram-se recolhidos no museu. O estado de conservação de todo este local impressiona o visitante, sabendo que a ocupação ter-se-á dado entre o século I e IV da nossa era. A destacar ainda o cuidado com a vegetação que cobre o interior e que o rodeia.

Em termos arquitectónicos, através do folheto explicativo, de registar o peristilo, naturalmente a área central de todo o conjunto, com vestígios de doze colunas. Existe ainda um pequeno jardim, um poço, e vestígios de habitação anterior à vila romana. Enfim, todo um conjunto de motivos de interesse que não irão deixar o visitante desanimado, antes pelo contrário.

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