Máxima

"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto" . (Albert Einstein)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Zahi Hawass, o Sr. Egito


Zahi Hawass (Damietta, 28 de Maio de 1947) é um arqueólogo e egiptólogo egípcio. Desde 2002 desempenha o cargo de secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto. Entre os seus projectos actuais encontram-se a abertura de novos museus no Egipto, bem como a restauração das pirâmides de Giza. De origens familiares humildes, o seu pai era um agricultor. Formou-se em Arqueologia Grega e Romana em 1967 em Alexandria. Fez estudos de pós-graduação na Universidade da Pensilvânia em Filadélfia, na área da Egiptologia e Arqueologia sírio-palestiniana, tendo obtido o grau de mestre em 1983. Em 1987 doutorou-se em Egiptologia na mesma universidade.

Entre 1987 e 1997 foi director do complexo de pirâmides de Giza e Sakara. Personalidade não alheia à polémica, tem pedido o regresso de antiguidades egípcias ao seu país, como o famoso busto da rainha Nefertiti, actualmente em Berlim, ou a Pedra de Roseta, que se encontra no Museu Britânico em Londres. É um opositor de teorias que afirmam que as pirâmides teriam sido construídas por extraterrestres, tendo criado um neologismo para designar os adeptos de tais ideias: "pirâmidiotas".

Roma Antiga no Google Earth!

Faça um tour virtual em 3D da Roma Antiga baixando o Google Earth neste endereço: http://earth.google.com.br/rome/





Dica de programação


O canal a cabo History está exibindo a série Roma: Ascenção e Queda todos os domingos às 22:00. A série acompanha a vida de personagens que marcaram o Império desde seu apogeu até a sua destruição. A reconstituição do período e muito bem feita e os personagens são interpretados por excelentes atores ingleses. É um programa imperdível para quem se interessa pelo tema.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

As ruínas romanas de Vila Cardílio

A descoberta das ruínas romanas de Vila Cardílio foi, pessoalmente, motivo de grande estupefacção. E porquê? Porque, apesar de estarem bem próximos da minha área geográfica, nunca as tinha visitado e, ao deparar com uma estrada preparada que nos leva da chamada "via rápida" até à entrada principal do monumento e do cuidado extremo que a Câmara Municipal de Torres Novas colocou na preservação do espaço, foram motivos de alegria. Por defeito profissional, tenho tendência a hiper-valorizar toda e qualquer pedrinha do solo trabalhada com alguma função.


Antes de embrenharmos pela Vila Cardílio três breves notas: parabéns aos acessos rodoviários, mas achamos necessitar de uma protecção superior, a toda a largura, por causa da erosão que o clima naturalmente provoca e, por outro lado, não sabemos até que ponto não serão necessárias novas escavações ou se o trabalho foi dado efectivamente como concluído.

Do panfleto editado pelos Serviços Culturais da Câmara Municipal de Torres Novas, há a destacar a sua simplicidade, bom gosto e informação concisa mas essencial. Nele sabemos que em 1963 se procedeu à escavação liderada pelo famoso Afonso do Paço. É um local onde os mosaicos pululam um pouco por todo o lado, dando uma vivacidade interessante ao local.


Concentremo-nos, para já, nos mosaicos encontramos as espirais rodadas, que muitos consideram como crenças pagãs ligadas ao facto de afastarem os espíritos malignos, tratando-se de uma espécie de amuletos. Encontramos ainda as suásticas, que derivam, naturalmente, da chamada roda solar, por quebra da circunferência do círculo. Vislumbram-se também tricéfalos, como símbolo do poder celestial. Convém denotar que alguns materiais recolhidos do interior desta villae romana encontram-se recolhidos no museu. O estado de conservação de todo este local impressiona o visitante, sabendo que a ocupação ter-se-á dado entre o século I e IV da nossa era. A destacar ainda o cuidado com a vegetação que cobre o interior e que o rodeia.

Em termos arquitectónicos, através do folheto explicativo, de registar o peristilo, naturalmente a área central de todo o conjunto, com vestígios de doze colunas. Existe ainda um pequeno jardim, um poço, e vestígios de habitação anterior à vila romana. Enfim, todo um conjunto de motivos de interesse que não irão deixar o visitante desanimado, antes pelo contrário.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tesouros da Babilônia



Por Khalid al-Ansary
BAGDÁ (Reuters) - Arqueólogos iraquianos descobriram 4.000 artefatos, em sua maioria da antiguidade babilônia, incluindo carimbos reais, talismãs e tabuletas de argila marcadas em escrita cuneiforme sumeriana, a mais antiga forma conhecida de escrita.
O Ministério do Turismo e das Antiguidades anunciou na quarta-feira que os tesouros foram encontrados após dois anos de escavações em 20 lugares diferentes nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates, a terra descrita pelos gregos da antiguidade como Mesopotâmia.
Além de artefatos babilônios, foram encontrados artefatos do império persa da antiguidade e outros de cidades islâmicas medievais, mais recentes.
"Os resultados destas escavações indicam que as antiguidades iraquianas não vão se esgotar no futuro próximo", disse um porta-voz do Ministério do Turismo e das Antiguidades, Abdul-Zahra al Telagani.
"Eles também nos incentivam a continuar o trabalho de reabilitação de nossos sítios antigos, para convertê-los em atrações turísticas."
Os artefatos serão transferidos para o Museu Nacional em Bagdá, que precisa ser reabastecido desde que saqueadores roubaram dele aproximadamente 15 mil artefatos após a invasão de 2003 liderada pelos EUA. Desde então, cerca de 6.000 dos itens roubados foram devolvidos.
Situado no coração de uma região descrita pelos historiadores como berço da civilização, o Iraque espera que a redução da violência para níveis não vistos desde o final de 2003 incentive turistas a visitar seus sítios antigos.
Alguns dos destaques potenciais incluem a cidade bíblica da Babilônia, famosa por seus Jardins Suspensos, a cidade assíria de Nínive, ao norte, relíquias de muitas cidadelas islâmicas medievais e alguns dos santuários e mesquitas mais sagrados do islã xiita.
O Iraque recebeu o primeiro grupo de turistas ocidentais no mês passado, e as autoridades esperam que venham outros.
Abbas Fadhil, chefe da equipe responsável pelas escavações, acha que alguns dos artefatos encontrados podem ter significado enorme.
Dos dois talismãs raros encontrados, um mostra um rosto esculpido em estilo sumeriano, emoldurado por um triângulo. O outro é uma pedra vermelha com um antílope correndo gravado nela.
Qais Hussein Rasheed, diretor interino do comitê de antiguidades e patrimônio histórico, disse a jornalistas que o país ainda tem um problema sério com saqueadores assaltando sítios arqueológicos.
"Esses sítios são vulneráveis a roubos intermináveis cometidos por ladrões, contrabandistas e quadrilhas organizadas, porque não são protegidos", disse ele. "Pedimos aos ministérios relevantes que mandem policiais para vigiá-los, mas não recebemos muitos até agora."